“E seguramente tampouco por casualidade só Borges dende a miña mocidade e Valente na miña madurez ocuparon tanto o meu tempo lector como Verne, pois ninguén como cada un destes tres ecuménicos autores me permitiu vivir tan extensa e intensamente a diversa universalidade a través da fabulosa aventura da viaxe intercultural e do coñecemento xeoliterario na procura da utopía libertaria.”
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VOTAR POR FÓRA Alfonso Rodríguez
Para que non se esquezan, non me esqueza de certas cousas rescato para este blog un escrito que no seu día enviei a un par de editoras durante a pandemia de marras, o primeiro ano para ser concretos. Unha delas contestoume e me dixo que non podía publicar, aínda que consideraba interesante o contido, porque estaban con outros proxectos e a outra non me dixo ren como case sempre fai.
Considero que o escrito ten a súa relevancia de memoria individual e colectiva de algo que seguramente quererán que esquezamos para sempre.
Foi un tempo limbo, algo que non sucedeu pero nos marcou notablemente ou malísimamente. Así eu constátoo nestas páxinas.
“O mundo ten que mudar e senón é de arriba a abaixo deberá ter que ser de abaixo arriba ou aos lados. Ninguén debería crerse xa que uns traxeados, ou uns uniformados, ou uns abandeirados vánnos quitar as castañas do lume. Terémonos que facernos cargo nós. O(s) pobo(s) sendo pobo(s)”
DA EGRÉGORA DO CRISTIANISMO A EGRÉGORA DO ECUMENISMO Artur Alonso
“O que sim podemos afirmar, a tendência da egrégora do cristianismo mudar para o ecumenismo é já imparável. E, em essa fusão a figura do Cristo exterior histórico, virará a favor do Cristo interior ou espiritual. A crucifixão dará passo a ressurreição… Sendo que o tempo desta mudança, não será o humano, se não o dos ciclos naturais históricos…”
“DESDE EL DORADO REINO DE LAS SOMBRAS” (Valente, Ourense) JM Bouzas
“¿No habría que escribir precisamente (…) para que el fin se torne en nunca (…) y nadie pueda hacer morir aún más a los muertos?”
José Ángel Valente
A Julio López Cid, que se fue primero, por tantas y tantas horas robadas a la muerte.
A José Luis Fortes, que se fue después. En el sueño, su corazón, no supo hallar el camino de regreso.
A Eduardo y Julio López Rego, que estuvieron cuando nadie estaba.
No hace un año todavía, nuestro poeta de referencia era Yosi, el suave. Promocionado desde las alturas, las fuerzas vivas, –nunca tan muertas– de la corte provincial, decidieron movilizar cuantos rapsodas a sueldo había, y esbozar una propuesta hortera, ramplona y de eterna adolescencia, que les permitiese acercarse al voto joven; es decir: el marco referencial en que la provincia iba a mirarse en el futuro, ¡qué futuro….! Hasta se propuso el nombre de tan señalado personaje para honrar la nueva biblioteca. Todo ello muy institucional y con gabela. Traducido a neo-lengua orwelliana: – La policía es poesía. La policía eleva (o no, eso depende), nosotros somos rock n’ roll1, la poesía es rock, la policía es rock, el voto lo creéis vuestro, pero es nuestro, el voto es rock, el voto es pop, vuestra miseria es real pero no lo sabéis, nuestro trono se asienta en un montón de estiércol, pero vosotros sólo veis un deslumbrante amanecer de brillantes colores. Instituyamos nuevos mitos, nuevos ejemplos. Prescribamos lo reescribible. Mantenednos. Seamos modernos. Ourense ICCWeek.
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38. La Catástrofe ya fue y los jóvenes no son peores que nosotros (Apunte contra el idealismo negativo) PEDRO GARCÍA OLIVO
Con una ligereza sospechosa, las personas adultas de las civilizaciones escriturarias venimos denigrando al nuevo “homo sistematicus”, que ya no necesita ni quiere leer tanto. No cree en el fundamentalismo de la lectura.
Pero las culturas del escribir y del leer alumbraron gentes capaces de Auschwitz, Vietnam, Hiroshima, los CIES, Guantánamo… La civilización del alfabeto y de la escuela desembocó en un inconmensurable horror histórico. Lo advirtió hace años E. Subirats en “Contra la Razón destructiva”.
Los seres telemáticos, cibernéticos, todavía no han dado señales de resolverse en tales masacres.
Nuestro pasado es inasumible, ya que pertenecemos a una forma cultural arraigada en el belicismo, en la colonialidad, en el etnocidio, en la sujeción patriarcal, en el eco-exterminismo. Si algo se modifica en ella, difícilmente puede ser para peor…
En vez de enjuiciar tanto a los jóvenes (cuyas vidas han sido, efectivamente, en gran medida digitalizadas), deberíamos ajustar cuentas con los mayores y la semilla de destrucción que dejaron en nosotros.
La Catástrofe ya fue: conviene recordarlo porque, siendo la Humanidad, no ya un Sujeto, sino “una mera suma de animales”, que decía Cioran, carece de memoria.
Nuestros hijos y nietos tendrán que esforzarse mucho si quieren superarnos en capacidad de engendrar horrores.
(Aforismos desde los no-lugares)
“SONETOS SOMNÁMBULOS” DE CLAUDIO RODRÍGUEZ FER Manuel Fernández Rodríguez
O FILHO PRÓDIGO Artur Alonso
Como um leão de fogo, com olhos e ouvidos alerta, contemplava a virgindade da vida, aquele humano ser que de si mesmo ainda se esconde.
Depois de atravessar três reinos, em três anteriores cadeias (vencendo, passo a passo, cada íngreme montanha e cume); agora contempla aquela luz basilar, invicto, com a sombra dum corpo humano conquistado pelo esforço antigo. Corpo e humano, tão perfeito, como nunca imaginar quisera, pudera, antes de obter uma carne tão envolvente. Mas lamentavelmente ele ainda era cego, para as cousas do amor e do coração como copo de elixir eterno.
Memorias dos seus ossos falavam a língua dos minerais (não menos silenciosa que dúctil lembrava de pedra ser sua alma). Lembranças de seu olfato, gosto, tato (como isso se pudera exemplificar) sentia na macia pele dos vegetais como sua. A verdura do campo, percorrendo seus nervos adjacentes, vivificante todavia nas sensações que ele sentia, sonhando tudo, da campina, nos pertence. Seguir lendo O FILHO PRÓDIGO Artur Alonso
O CAMINHO DE LUGH – O CAMINHO DE HORUS Artur Alonso
“Nada a dizer. Nada a ensinar. A verdade é tão evidente por si, tão obvia, que toda e qualquer explicação somente servirá para obscurecer essa mesma verdade”
(W.Wats – em “O Budismo Zen”)
Um dia comprendí: “A sabedoria traz prudência, o amor fraternidade. Afastando de nosso coração os medos que ainda o perturbam, podemos iniciar o abandono de toda animalidade“… E escrevendo esta frase se me deu por pensar que… Existe o ciclo, aquele no qual pela morte se rejuvenesce na vida. Existe a vida que surge, resurge após a morte. Existe o caminho e existem, como fala o ditado romeno “as pedras”; “pois as pedras também são parte desse caminho e desta cíclica caminhada”. Existe o desvio, individual e coletivo. Quando o coletivo aprofundar e a lei natural começar a dengenerar-se em favor da voragem insaciável dos homens e seus egos, surge então, chamado pelo universal ciclo de reintegração aquele que caminha por cima das águas, aquele que pode elevar-se pelo ar, para ver acima dos mundanos aconteceres. Aquele que prega sua paz no grande deserto estéril das almas já pelo sonho corrompidas, adormecentes.
Diz Khrisa a Arjuna, no Bagavad Gita: “Todas as vezes, ó filho de Bhârata! – que Dharma declina, e Adharma se levanta, Eu me manifesto para a salvação dos bons e destruição dos maus. Para restabelecimento da Lei, Eu nasço em cada Yuga” – Sendo Dharma a lei e Adharma seu oposto, sendo Yuga a Era ou ciclo… E existem ciclos maiores e ciclos menores, e ciclos dentro de ciclos. E existe o ritmo e existe a frequência. E existe a vida dentro da vida, e a morte, no seio da espiral que nasce, cresce e se fortalece. Tudo tem seu inicio, tudo seu fim aparente e sua reciclagem neste plano das correções cabalísticas, também chamado físico…
Lugh, sendo Samildanach, é o mercurial homem perfeito. Aquele que pode e deve ser exemplo para regeneração dum povo cegado na noite profunda das trevas. Ele está agora a retornar, pois a Galiza precisa suas vestes. Ele com a destra mão ensinar-nos de novo há a vivificar, dentro, o ouro da racional consciência que traz a mente tão emocional, irrequieta, a ansiada calma e sossego. Deves, pois, lembrar que tua mente sempre mente: eis sua precaria natureza. Lugh na esquerda mão ensina a joia de prata da emoção e sensibilidade, viciadas na etérea esfera dos que se deixam arrastar pelas paixões que os instintos despertam. Nas verdadeiras bodas da exuberância, o homem que aspira atingir o verdadeiro livre amor, deve de Lugh compreender, como apaziguando o apaixonado coração tranquilizada fica a astuciosa mente. Sendo que ai, no meio do peito, a união verdadeira pode realizar-se com a alquímica fusão do emocional fundido na ração verdadeiramente ética. Um novo caminho então poderá, este povo novamente iniciar: onde a intuição já não vai precisar de comparar continuamente o que deve ou não ser feito. Ele, Lugh, guiará teu caminhar já em contanto eterno com as estrelas. Permanentemente.
Criaste assim dentro de ti o ser universal que voa por cima das nuves rarefeitas, como águia livre que pode antecipar da terra qualquer movimento.
Lugh, o dos “três rostos” sabes que contem em seu seio também as três hipóstases imensas: O Pai, a Mãe, o Filho, em comunião – Sendo de ele a tríplice coroa aureamente bela. Assim como um primeiro impulso de vontade para o gelo animar, um segundo de sabedoria no amor para aquecer a mônada no seu desiderio, um terceiro para realizar-se ao fim. No mundo das causas, no meio está a lei finalmente provando na areia seus efeitos.
Tenta esta tríplice chama não apagar, senão quiseres perder para sempre teu caminho reto: no seio da mãe o círculo de contenção, no meio o pau que sustenta a abóbada ou teto celeste; juntos tens a palhoça onde os filhos dormem e refúgio sempre há para que a fraternidade acrescenta…
Na sociedade humana deveras equilibrar a função espiritual – sacerdotal, a função guerreira – transformadora pela vontade das negras humanas inércias; assim como a função artesanal no espírito criativo a desenvolver o belo por gratidão ao universo.
O amor tudo embelece. Dai em equilibro os três poderes poderão projetar, na vida dos seres, a estrutura da sociedade ética…
Lugh sempre pode ser útil para ajudar a criar os alicerces, por isso não deves tua porta fechar quando convidada já foi tua alma a abrir-se por dentro: seu caminho é o da luz, o sol interior que sempre acende. O astro inicial, o zero no astro, o Zero-Astro para melhor falar, meu bem, num povo agora ressurecto. Qualquer um, que deixe de viver na pequena ilusão, pode entender que tem nesses ouvidos a Palavra de Valor sua coragem sempre preste, sempre na boca a voz perfeita.
Horus, filho da virgem Isis, de Lugh, Krisnha ou Mitra outro gémeo irmão – outro guia a maiores para iniciar aquele caminho estelar, que pode levar nosso povo atingir o campo das estrelas. Antes de no promontório elevado local, nossa alma ter de render no tunel luminoso seu derradeiro amén eterno (quando no por do sol esta porta se abrir, na ida e a volta já plenas). Vive tua realização miraculosamente.
Se a roda da retorno puderes quebrar (trás uma vida continua e virtuosa) da qual Rumi, no Masnavi nos veio antecipar, teu novo reino será aquele dos Anjos Alegres… Caminha não deixes de caminhar, lembra o exemplo de Lugh, a luta daquele que a si mesmo se vence: a exemplo de Horus mesmo.
Horus a 25 de Dezembro também nasceu, marcando o começo duma Nova Era. Outra Nova Era está hoje a alvorecer, na que todos os seres, povos, serão em abraço fraterno libertos.
Não sejas parte da escuridão, quebra tua dual interior luta cega: nada existe que da natureza te possa separar, se tens o espírito apaziguado do rancor, do ódio, remorsos, feridas por curar, ânsias de reclamar, ignorância imensa…
Assim quando o falcão te incitar, senão te renovas na mágica flor não poderás voar na tua alma por dentro: o lis do gaulês brasão dela é um simbolo perpétuo. Lembra que Horus porta o disco Solar, de Ouro, na sua testa…
Horus com a amarelada cor da serenidade espiritual, com a azul da serenidade anímica, com a verde da vitalização – sintetizadas no Clarão virginal , daquele que traspassou o portão lumínico.
Horus com doze anos tomou instrução no Templo da palavra eterna. Com trinta anos batizado foi, a beira do rio Eridanos, por Anup o purificador da original mácua terrestre. Com doze discípulos predicou. Tentado por Set o filho da Grande Escuridão, no deserto de Amenta. Ali a seus infernos teve de descer e vencer todos seus medos, grandes e férreos apegos (aquele que dessa viagem regressar fica livre de toda vanal inércia, ira, vileza).
Horus depois pode realizar o grande sermão na Montanha Hetep, onde as multidões puderam escutar aquele que se tornara, por seu próprio esforço, Iluminado Mestre.
Horus que crucificado morreu no meio de dous ladroes, aos quais ele amou também profundamente, como amava a todo humano ser, a todos os seres vivos deste planeta.
Horus que o terceiro dia ressuscitou na cidade de Anu. Escuta sua palavra é a tua mesma, que nasce por detrás da tua voz, criada pelo enganoso ego. Compartilhas com Horus, Lugh, do amor solar a mais pura essência.
O escrivã Aun, sua encarrega recebeu para levar pelo mundo a palavra que sempre é certa. Não desesperes, por isso ou aquilo amor, Lugh – Horus amostram o caminho belo. O Buda, Cristo, falam sua mesma língua. Maitreya está a se materializar, tem amor um bocadinho de paciência e não te esqueças de perdoar aos teus inimigos como a ti mesmo.
Se conseguires o labirinto escuro ultraspassar, serás bem-aventurado na luz da verdade sempre imensa. Um ungido te tornarás. Se ainda no conseguiste, paciência…
– Que dizes?… Que queres saber como esta negra sombra ao chão deitar ?
- Escuta atentamente: segue o caminho de Lugh, segue a senda do bem-aventurado na terra. Forma parte do que ainda está por se realizar, não permitas que teu ódio, tua culpa e negatividade contaminem tua a mente.
- E lembra, lembra sempre: a mente mente.
Deixa teu espírito te guiar, fala com ele na solidão de teu Horus neste deserto…
Areia atiram a teus olhos sem tu saber… Limpa da tua face esse véu carregado pelo medo.
Vibra na frequência de Lugh, voa como falção destas pesadas cadeias para semrpe Liberto!